Desengana-te se achas que esta consulta serve só
para a obtenção do certificado de vacinação internacional…
É muito mais que isto!
Como já mencionei antes, a consulta do viajante deve
ser realizada no período pré-viagem, destina-se ao aconselhamento de forma
abrangente (da pré-viagem até à pós-viagem), devendo ser realizada
idealmente, com antecedência de 8 a 4 semanas. Assim dá tempo para tudo,
orientar toda a medicação e vacinação necessária, iniciar a toma de profilaxia
de malária quando é necessário e ver os efeitos secundários que podem surgir.
As
mensagens de educação universal de saúde do viajante
relativamente a prevenção da picada de mosquitos, higiene pessoal, alimentação
cuidada, comportamento sexual e uso de drogas – que serve para praticamente
todos os destinos, devem ter um reforço contínuo de forma a causar impacto e
assimilação.
A
avaliação das condições de saúde e doença do viajante antes da viagem são
cruciais na consulta do viajante, tendo especial atenção em grávidas, crianças,
idosos, portadores de doenças crónicas ou imunossuprimidos e outras situações
mais específicas.
Este
tipo de consulta deve acompanhar te no pré, durante e pós viagem, todos os
momentos são importantes para acompanhar a tua saúde nestes momentos e
manter-te alerta para qualquer alteração.
A
adesão a consulta pré viagem não é assim tao fantástica, as pessoas não tem por
hábito associar os seus períodos de lazer a possíveis alterações de saúde ou de
situações agudas. Assim a consulta pós viagem acontece maioritariamente em
presença de doença ou alguma alteração de saúde, raramente é feita de forma
voluntária quando devia tornar-se também uma rotina de viagem.
Existem a nível nacional no SNS, um elevado número
de locais onde estão em funcionamento 39 consultas de medicina
do viajante/centros de vacinação internacional (29 em Portugal continental e 10
nas regiões autónomas da Madeira e Açores). Estas consultas funcionam em
centros de saúde (ou agrupamentos de centro de saúde), delegações de saúde ou
em ambiente hospitalar. A lista com os contatos e horários fica aqui disponível
a nível do SNS https://www.sns.gov.pt/sns-saude-mais/saude-em-viagem/
Esta
temática será abordada de forma mais completa brevemente.
O
valor da consulta no SNS passa pelo
pagamento da taxa moderadora, na generalidade 5€, que inclui a consulta do médico com formação adequada como em
medicina tropical/infeciologia/medicina
interna e um centro de vacinação gratuita para as vacinas cobertas pelo Plano Nacional de
Vacinação. Se as vacinas forem extras a este plano, devem ser pagas e muitas
vezes compradas pelos viajantes na farmácia e depois são administradas nos
centros vacinação internacional sem qualquer custo.
Existe também Consulta do Viajante em Telemedicina feita via
internet por videoconferência, por profissionais médicos com formação certificada
na área, com um custo de 25€ por consulta individual de forma pré-paga. Não existe
observação física no local ao viajante, as receitas são dispensadas por email e
em caso de necessidade de vacinação o viajante terá sempre de se dirigir ao
centro internacional de vacinação. Existe a possibilidade de as consultas
poderem ser marcadas de forma urgente para viagens com data de partida inferior a 7
dias, até 72 horas de antecedência face à viagem.
Saiba mais no site: https://www.consultadoviajante.com/
Existem diversas consultas do viajante a nível privado sem uma listagem devidamente conhecida, com valor mais elevados sem serviço de vacinação internacional. existem também diversos aconselhamentos a nível de farmácias, mas sem a devida avaliação do viajante ou percurso de viagem, sem esquecer que não há nenhum tipo de prescrição de medicação ou vacinação associada.
(imagem retirada da internet )
Cada viajante tem uma consulta, uma avaliação, uma prescrição.
Cada um de nós tem o seu passado de viagens, de vacinação internacional e de alterações
de saúde durante e pós a viagem, assim os cuidados indicados, tomas de medicação
profilática ou de medicação para levar contigo são individuais, estão relacionadas
com o teu perfil de viajante e com o teu estado de saúde atual. Não compares e
segue as indicações do teu Médico e Enfermeiro.
Assim repetindo a frase do primeiro post: a responsabilidade
pela saúde no estrangeiro incide sobre uma só pessoa, o viajante, ou seja
tu próprio. É necessário ponderação e precaução na escolha da realização da consulta de saúde do viajante!
Vai viajar? Leve saúde!
Celine
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