Nunca nenhum de nós imaginou este cenário,
querer viajar e não poder, por razões de saúde pública global.
Países com fronteiras fechadas, países com
imposição de quarentena para a entrada no país, aviões estacionados e não no céu,
tudo tão atípico tão ficção científica e ainda assim aqui estamos nós, malas
arrumadas, passaportes guardados, cartões de crédito com plafon cheio, porque
deixamos de ter destino de chegada. Continuamos na nossa partida.
Não escrevi muito sobre o COVID-19,
todas as redes sociais os medias estão
recheados de informação, por vezes desinformação, fui partilhando a informação muita
vezes só em stories para partilhar a informação mais importante, mais credível e
mais adequada.
Como alguns sabem sou enfermeira, não estou
na linha da frente, estou na linha esquecida como diz uma amiga e colega minha,
mas ainda assim não paramos de fazer o no nosso trabalho como profissionais de saúde
e cuidar dos outros e não pude dedicar-me ao blog como gostaria. Rico internacional ano da Enfermagem.
O número de turistas a nível mundial em
2020 vai descer cerca de 60-80% e neste momento 100% dos destinos mundiais tem restrições
relativamente a viagens, de acordo com dados da Organização Mundial do Turismo. Estas restrições são as mais severas relacionadas com
viagens internacionais da história e até agora nenhum país levantou restrições
introduzidas em resposta à crise relacionada com a COVID-19.
Com estas decisões o turismo mostrou o seu
compromisso ao colocar as pessoas em primeiro lugar. Este setor também pode
liderar o caminho para impulsionar a recuperação. Toda a informação sobre as restrições
globais de viagens ajudará a apoiar a implementação oportuna e responsável de
estratégias de saída, permitindo que os destinos facilitem ou eliminem as
restrições de viagem quando for seguro fazê-lo.
Desde 30 de Janeiro quando a OMS
decretou a COVID-19 Emergência de Saúde Pública e estas restrições tem sofrido alterações,
de 217 destinos em todo o mundo:
-
45% fecharam total ou parcialmente suas fronteiras para turistas
- 30% suspenderam voos internacionais total ou parcialmente
-18% proíbem a entrada de passageiros de países específicos de origem ou
passageiros que transitaram por destinos específicos
7% estão a aplicar medidas diferentes, como quarentena ou
auto-isolamento por 14 dias e medidas de visto.
O CDC tem um mapa interactivo que mostra
as restrições de cada país que deixo aqui disponível https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/travelers/map-and-travel-notices.html,
clicando no país que procura informação, aparecem números de casos associados
ao COVID-19 desse país, quais as restrições vigentes, indicações como a
quarentena e os cuidados a ter face ao vírus (nunca é demais repetir).
A transmissão contínua generalizada da
doença respiratória causada pelo novo coronavírus continua a ocorrer
globalmente. O CDC recomenda que os viajantes evitem todas as viagens
internacionais não essenciais.
As áreas afectadas podem ter um acesso
limitado a cuidados de saúde adequados ou equivalentes ao seu país de partida. O
seu regresso pode ficar comprometido com o encerramento de fronteiras como já aconteceu
em países da união europeia sem aviso prévio, por ex. assim como as companhias aéreas
tem vindo a adaptar medidas de cancelamento ou de adiamento dos voos, consoante
as indicações de cada governo.
Ainda assim os aeroportos não estão totalmente
fechados ou fora de serviço, os viajantes devem evitar o contato com pessoas aparentemente
doentes e lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20
segundos. Se sabão e água não estiverem prontamente disponíveis, use um
desinfetante para as mãos à base de álcool que contenha pelo menos 60% de
álcool.
O CDC também recomenda que todos os
viajantes internacionais devam cumprir um período de isolamento e ficar em casa
por 14 dias após retornar da viagem, monitorizar sua saúde com a medição regular
da temperatura e praticar distanciamento social.
Em Portugal, no caso de apresentar
sintomas como a febre, tosse ou agravamento de tosse recorrente ligue para a
linha SNS24 para poder ser encaminhado e seguido pelas autoridades de saúde da
sua região.
Mais que nunca a saúde do viajante deve
ser uma consulta a fazer, não por obrigação para sua protecção, para nossa protecção.
Deve estar acessível a todos os viajantes e devidamente estruturada a nível nacional.
Voltaremos a viajar e com saúde!
Celine
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