sábado, 23 de fevereiro de 2019

Febre amarela - BRASIL atenção!


Estima-se, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que o período epidémico de febre amarela no Brasil, deve durar até maio de 2019.

Desde maio de 2018 que a OMS recomenda a vacinação contra a doença a todos os viajantes internacionais, de idade superior a 9 meses, com destino ao Brasil.

Devido ao risco acrescido de febre amarela para os portugueses que viajem para o brasil, a Direção-Geral de Saúde recomenda:

·         A marcação de Consulta do Viajante, pelo menos 4 semanas antes da partida;

·      A vacinação contra a Febre Amarela, pelo menos 10 dias antes da partida, para quem nunca foi vacinado, (uma única dose da vacina é suficiente para conferir imunidade sustentada e proteção para toda a vida);

De forma a reforçar os cuidados face a esta epidemia devem ser adicionadas mais medidas que a proteção vacinal, especialmente as de proteção individual contra a picada de mosquitos (o mosquito transmissor da febre amarela pica no período diurno e noturno).



·      Aplicação de repelentes. Se tiver de utilizar protetor solar e repelente, deverá aplicar primeiro o protetor solar e depois aplicar o repelente;

·     Proteção das crianças (carrinhos de bebé, berços e alcofas com redes mosquiteiras);

·   Utilização de redes mosquiteiras: sobre a cama, entaladas no colchão, verificando que não há nenhum mosquito no seu interior e confirmar que a rede não está rasgada; manter rede mosquiteira mesmo durante o dia em janelas e portais.

·    Optar por alojamento com ar condicionado, se possível;

·         Utilização de vestuário largo que cubra a maior área corporal possível, de forma a diminuir a exposição corporal à picada (camisas de manga comprida, calças e calçado fechado).



(Imagem retirada da internet)


Aos viajantes que, até 12 dias após o regresso, apresentem sintomas sugestivos da doença (febre, calafrios, dores de cabeça intensas, dores musculares, fadiga, náuseas e vómitos), devem contactar o SNS 24 (808 24 24 24) para encaminhamento, consultar o médico, referindo sempre esta viagem recente ao Brasil.

Fonte: DGS

Vai Viajar? Leve saúde!
Celine

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O que comer em viagem?

O que comer em viagem?

Tudo nos parece apetitoso quando estamos de férias!

As cores, os cheiros os sabores são tão apetecíveis que nem se pensa no que pode estar por de trás de todo o pantone de comida!

Mas como diz o ditado nem tudo o que reluz é ouro. Por vezes basta usar um ou outro conselho para que as condições de segurança alimentar se mantenham e te mantenham livre de alterações pouco agradáveis a nível gastrointestinal (a famosa diarreia do viajante!).

Normalmente toda a comida quente é segura, o calor elevado elimina os microrganismos que causam diarreia. Assim comida bem cozinhada é geralmente segura desde que servida ainda quente. Por isso muito cuidado com os buffets, que por vezes, a comida fica só aquecida ou a temperatura ambiente.
A comida de rua deve ser consumida com cautela, ter atenção aos padrões de higiene e de segurança alimentar, ainda assim alimentos grelhados – quentes e cozinhados - podem ser uma opção.
(imagem retirada da internet)
Os alimentos secos são na sua generalidade bastante seguros, como os pães, bolachas e batatas fritas. Assim como os alimentos enlatados, por estarem bem fechados e acondicionados.

A comida crua pode ser bastante arriscada, (sendo uma realidade até no nosso país quanto num país em desenvolvimento), mas a fruta e vegetais crus são bastante seguros desde que os possas descascar/lavar convenientemente com água potável (engarrafada ou desinfetada). Novamente evite os buffets com travessas imensas de fruta cortada, da qual não sabe as condições de lavagem ou de higiene de quem manuseia essa fruta.
Carne ou peixe crus, ou cozinhados em sumo de citrinos ou vinagre contém na mesma microrganismos, assim como as saladas e os vegetais ralados, repletos de múltiplas superfícies para o microrganismos se alojarem.

Alguma ponderação e boas escolhas alimentares podem fazer toda a diferença em viagem! 
Como costumas fazer?

Vai viajar? Leve saúde!
Celine

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Consulta do viajante afinal o que é?


Desengana-te se achas que esta consulta serve só para a obtenção do certificado de vacinação internacional…
É muito mais que isto!

Como já mencionei antes, a consulta do viajante deve ser realizada no período pré-viagem, destina-se ao aconselhamento de forma abrangente (da pré-viagem até à pós-viagem), devendo ser realizada idealmente, com antecedência de 8 a 4 semanas. Assim dá tempo para tudo, orientar toda a medicação e vacinação necessária, iniciar a toma de profilaxia de malária quando é necessário e ver os efeitos secundários que podem surgir.

As mensagens de educação universal de saúde do viajante relativamente a prevenção da picada de mosquitos, higiene pessoal, alimentação cuidada, comportamento sexual e uso de drogas – que serve para praticamente todos os destinos, devem ter um reforço contínuo de forma a causar impacto e assimilação.
A avaliação das condições de saúde e doença do viajante antes da viagem são cruciais na consulta do viajante, tendo especial atenção em grávidas, crianças, idosos, portadores de doenças crónicas ou imunossuprimidos e outras situações mais específicas.

Este tipo de consulta deve acompanhar te no pré, durante e pós viagem, todos os momentos são importantes para acompanhar a tua saúde nestes momentos e manter-te alerta para qualquer alteração.
A adesão a consulta pré viagem não é assim tao fantástica, as pessoas não tem por hábito associar os seus períodos de lazer a possíveis alterações de saúde ou de situações agudas. Assim a consulta pós viagem acontece maioritariamente em presença de doença ou alguma alteração de saúde, raramente é feita de forma voluntária quando devia tornar-se também uma rotina de viagem.

Existem a nível nacional no SNS, um elevado número de locais onde estão em funcionamento 39 consultas de medicina do viajante/centros de vacinação internacional (29 em Portugal continental e 10 nas regiões autónomas da Madeira e Açores). Estas consultas funcionam em centros de saúde (ou agrupamentos de centro de saúde), delegações de saúde ou em ambiente hospitalar. A lista com os contatos e horários fica aqui disponível a nível do SNS https://www.sns.gov.pt/sns-saude-mais/saude-em-viagem/
Esta temática será abordada de forma mais completa brevemente.
O valor da consulta  no SNS passa pelo pagamento da taxa moderadora, na generalidade 5€, que inclui a consulta do  médico com formação adequada como em medicina tropical/infeciologia/medicina interna  e um centro de vacinação gratuita para as vacinas cobertas pelo Plano Nacional de Vacinação. Se as vacinas forem extras a este plano, devem ser pagas e muitas vezes compradas pelos viajantes na farmácia e depois são administradas nos centros vacinação internacional sem qualquer custo.

Existe também Consulta do Viajante em Telemedicina feita via internet por videoconferência, por profissionais médicos com formação certificada na área, com um custo de 25€ por consulta individual de forma pré-paga. Não existe observação física no local ao viajante, as receitas são dispensadas por email e em caso de necessidade de vacinação o viajante terá sempre de se dirigir ao centro internacional de vacinação. Existe a possibilidade de as consultas poderem ser marcadas de forma urgente para viagens com data de partida inferior a 7 dias, até 72 horas de antecedência face à viagem.
​Saiba mais no site: https://www.consultadoviajante.com/

Existem diversas consultas do viajante a nível privado sem uma listagem devidamente conhecida, com valor mais elevados sem serviço de vacinação internacional. existem também diversos aconselhamentos a nível de farmácias, mas sem a devida avaliação do viajante ou percurso de viagem, sem esquecer que não há nenhum tipo de prescrição de medicação ou vacinação associada.
(imagem retirada da internet )

Cada viajante tem uma consulta, uma avaliação, uma prescrição. Cada um de nós tem o seu passado de viagens, de vacinação internacional e de alterações de saúde durante e pós a viagem, assim os cuidados indicados, tomas de medicação profilática ou de medicação para levar contigo são individuais, estão relacionadas com o teu perfil de viajante e com o teu estado de saúde atual. Não compares e segue as indicações do teu Médico e Enfermeiro.

Assim repetindo a frase do primeiro post: a responsabilidade pela saúde no estrangeiro incide sobre uma só pessoa, o viajante, ou seja tu próprio. É necessário ponderação e precaução na escolha da realização da consulta de saúde do viajante!


Vai viajar? Leve saúde!

Celine