sábado, 17 de agosto de 2019

Como evitar picadas de insetos?



Muitos insetos, mosquitos, caraças, pulgas e moscas podem espalhar doenças graves como a Malária, Febre Amarela, Zika, Dengue Chikungunya e Lyme, estes nomes parecem coisas estranhas e distantes, mas nos países tropicais estas singularidades exóticas estão presentes e são cada vez mais frequentes. Todas estas doenças têm consequências graves e duradouras, não existem profilaxia ou vacina para estas doenças, passa mesmo pela prevenção da picada.
Existem medidas que podem ser protetoras dessas picadas de forma simples e acessível, para todas as viagens e todos os viajantes. Estas proteções são para manter todo o dia, os mosquitos têm atividade diurna e noturna. Existem destinos de viagem que tem uma ou mais doenças de transmissão por mosquito.
Existe a vacina contra a febre amarela e medicação profilática para a malária, que pode ser usada em casos de viagens de curta duração, mas não são 100% eficazes.


Algumas medidas gerais e básicas:
O uso de roupa branca ou o mais clara possível e de fibras naturais é mais benéfico, uma vez que as cores escuras atraem mais os mosquitos.
Devem proteger-se os braços e as pernas, vestindo camisas de manga comprida e calças largas.
O uso de repelente, deve ser reforçado de três em três horas, na pele e/ou na roupa.
Se necessitar de repelente e protetor solar em simultâneo, comece por aplicar primeiro o protetor solar e depois o repelente. Muitos repelentes reduzem o efeito dos protetores solares e o contrario não acontece.
Deve evitar a aplicação nos olhos e a boca, assim como feridas ou pele irritada. Lave as mãos depois de aplicar.
Nos alojamentos onde ficar sejam de que tipo forem, devem manter o ar condicionado nos 16ºC, pois os mosquitos não sobrevivem as temperaturas frias. Mantenha as portas e janelas fechadas se não estiveram protegidas por rede mosquiteira.
Nas camas podem e devem ser usadas redes mosquiteiras (impregnadas ou não com repelente). A rede deve ser entalada a volta da cama no colchão de forma a não permitir a entrada de mosquitos. Vigiar sempre se a rede tem alguma perfuração. O uso de rede impregnada com repelente é mais eficaz.
Atualmente existem diversas apresentações de diferentes repelentes para satisfazer todos os gostos: pulseira, adesivo, solução tópica, toalhitas, roll-on, spray, stick, gel, creme, loção corporal ou produto de impregnação para roupa. Deve ter em conta a eficácia de cada produto e o tipo de mosquitos que pode encontrar.




Que repelente usar?
Existem repelentes com princípios ativos naturais e biológicos e ativos sintéticos.
Deve ser evitado o uso prolongado da sua aplicação.
De forma geral, quanto mais elevada é a concentração do principio ativo maior é a duração da duração de proteção. Assim, mais quantidade por aplicação não confere proteção adicional, podendo sim, proceder à reaplicação do produto de acordo com as instruções do rótulo
Use repelentes que constem na lista de autorizações de produtos biocidas repelentes emitidas pela Direção Geral de Saúde. Contem diversas formas de repelente e de marcas distintas no mercado, além da percentagem de cada componente principal. Lista disponível em:  https://www.dgs.pt/ficheiros-de-upload-2013/zika-repelentes-pdf.aspx

Utilize um repelente que inclua um destes componentes: IR3535 (N-Acetil-N-butil-β-alaninato de etilo); Icaridina; DEET (N,N-dietil-m-toluamida); Citriodiol (Mistura cis e trans-p-metano-3,8 diol).
Ter atenção nas crianças e a aplicação do repelente que contenha o Citriodiol pode ser aplicado a partir dos 3 meses de idade, contendo IR 3535 só pode ser aplicado a partir dos 36 meses de idade.

Existem riscos a considerar antes de viajar, por ex:
O Dengue é transmitido por mosquitos infetados, os sintomas são a febre com náuseas, vómitos, manchas no corpo, dores (especificas, como dor atrás do olho, dores musculares e ósseas). Os sintomas agravam em poucas horas. A Dengue grave é uma emergência média, no entanto não existe vacina nem tratamento.
O Zika, também é transmitido por picada de mosquito infetado, muitas vezes não tem sintomas ou quando existem tendem a ser leves com febre, manchas no corpo, dores musculares, conjuntivite. O Zika também não tem vacina nem tratamento. Tem maior risco na mulher grávida ou que tem planeada uma gravidez em breve, uma vez que pode transmitir alterações congénitas principalmente cerebrais ao feto, assim nestes casos a viagem deve ser bem planeada e ponderada e se possível evitada.
A Malária, é a principal parasitose tropical do mundo, uma doença grave que pode ser fatal, transmitida por picada de mosquito, ao contrario dos outros mosquitos, o mosquito da malária tem uma particularidade, tem maior atividade no período noturno.  Os sintomas podem incluir febre, náuseas, vómitos e dores no corpo. Ao mínimo sinal ou suspeita de malária, os viajantes devem dirigir-se a cuidados de saúde o mais rápido possível. A malária tem profilaxia eficaz embora nem sempre cumprida ou bem tolerada pelos viajantes.
Em qualquer duvida ou para mais infomraçoes deve fazer a sua consulta de saude do viajante!
Vai viajar? Leve Saúde!
Celine


terça-feira, 16 de abril de 2019

Viajar de forma sustentável com saúde!


A saúde do viajante pretende promover a saúde e o respeito pelas populações, culturas e ambiente das regiões que vão ser visitadas, além da prevenção de doenças e alterações de saúde no viajante internacional e nas populações locais.
Daí a importância de uma boa saúde do viajante, antes, durante e após viagem. A atualização do Plano Nacional de Vacinação, além de cumprir toda a vacinação internacional recomendada (e profilaxia se necessário) faz toda a diferença na saúde da população que vos recebe e na vossa comunidade ao regressar. Simples ações que fazem toda a diferença em relação a surtos e/ou pandemias.


Um estilo de vida sustentável, ecológico, reciclável, sem glúten, sem produtos refinados poderíamos estar aqui horas a dar opções deste género. Mas se práticas alguma dessas vertentes, também o fazes quando vais de férias?
Falo da minha experiência, tenho uma mania em relação a reciclagem e separação do lixo, mesmo que ache que não faço o suficiente. Quando andei por Bali, onde não existe consciência ambiental infelizmente, os turistas “entram nessa onda” não há caixote fazemos o que vemos.
Não existe reciclagem, nem assim tantos sítios onde deitar fora o lixo, a preocupação com o lixo no mar é pouca ou nenhuma. Por ex, quando ia a praia, toda a orla da beira-mar encontrava-se cheia de lixo, caso eu fizesse algum tipo de lixo, um lenço, uma garrafa de água, um caroço de maçã, o caixote do lixo mais próximo era sempre o do meu quarto de hotel… ir com uma expectativa de praia digna de postal e encontrar lixo a boiar no mar, destrói alguns sonhos, mas pior destrói os nossos paraísos de sonho que queremos visitar. Toda a interferência que fazemos no ambiente, tem repercussões na nossa saúde e na dos que lá vivem.

Além do óbvio, o efeito das viagens tem no meio ambiente, segundo um estudo da Universidade de Sydney no ano passado revela que as emissões de carbono associadas a viagens representa 8%, com todos os meios de transporte avião barco comboio autocarros e facilidade/acessibilidade com que se viaja, contribuem para que o turismo faça parte de ações poluentes.
Mas calma, é possível ser-se um viajante sustentável, ecológico ou “verde”, ser um viajante cujo impacto é não tao nocivo como parece. A escolha do meio de transporte pode ser o primeiro passo, os veículos automóveis são mais poluentes que o avião ou comboio (o menos poluente).

A escolha do alojamento também pode ser feita de forma sustentável, tendo-se em atenção aos padrões internacionais de melhores práticas, o impacto económico ambiental, social e local, tendo em conta como procedem em relação a resíduos, água e energia. O compromisso do alojamento em relação a comunidade local e ao emprego justo dessa comunidade podem ser outros aspetos a ter em conta.

Existe informação desta nestes sites:
https://www.rainforest-alliance.org/


No caso das visitas a monumentos ou lugares, praias, rios, lagoas, o facto dessas visitas serem consideradas “sem deixar vestígios”, ou seja sem produzir lixo solido/resíduos sólidos, isso tem um impacto ambiental significativo na redução de produção de lixo. Terem em conta a escolha de roteiros, visitas e percursos a fazer, tendo em conta a preservação ambiental e vida selvagem (fauna e flora).
Na alimentação, ao escolher alimentos locais/restaurantes locais, comprar artesanato local acaba por criar também um efeito positivo.

A ida a praia pode também influenciar o meio ambiente, não só pelo lixo, existe estudos recentes que demonstram que o uso de alguns protetores solares são bastante prejudiciais ao meio ambiente especialmente a vida marítima e aos bancos de corais.
Os governos de Havaí, México e a ilha-nação de Palau tomaram medidas face a estes conhecimentos, baniram o uso de protetores solares com oxibenzona e metoxicinamato de octilo, químicos nocivos. No entanto estas proibições impostas acabam por contribuir para as alternativas não incluem substâncias químicas nocivas, e até são mais seguras — para os humanos e para os corais, os protetores de base mineral, que recorrem a substâncias como o dióxido de titânio e óxido de zinco, são mais seguros e ecológicos que as alternativas à base de oxibenzona. Os protetores solares “sem nanopartículas” são mais seguros porque não podem ser ingeridos pelos corais.

Deixo também alguns sites de interesse sobre este assunto, uns publicam todos os anos quais os protetor solares menos nocivos, outros conseguem dizer te se o teu protetor solar é amigo do ambiente….

Aos interessados deixo também mais informação diversa sobre este tema.



Vai viajar? Leve saúde!

Celine