O seguro de
viagem nunca surge como uma necessidade quando se planeia uma viagem,
habitualmente não faz parte da lista de preocupações se vamos de férias ou a
trabalho, pode haver ainda assim uma reflexão sobre o assunto em missões
humanitárias por ex. Os cuidados de saúde fora do país desenvolvido podem ser
parcos, nem sempre disponíveis fora dos principais centros urbanos, além de
poderem ser desprovidos da eficácia necessária.
Falando
somente de dados de doenças tropicais e emergentes, actualmente se olharmos
para o mapa-mundo de destinos tropicais e exóticos, são poucos os destinos onde
não existam contabilizados de casos de Malária, em muitos locais malária
multirresistente, Zika, Dengue, Chikungunya, Encefalite Japonesa,
Febre-amarela, surtos de Cólera, de Ébola ou Sarampo.
Quando se
trata de protecção da sua saúde, não podem existir substitutos para os
elementos básicos, para além de todas as precauções ao nosso alcance, a ida a
consulta de saúde do viajante, a vacinação internacional, a profilaxia de
malária, o estojo de saúde em viagem e dos cuidados básicos em saúde.
Os acidentes
são a causa mais comum de morbilidade e mortalidade em viagem, mais do que
doenças ou infecções tropicais, sendo estes na sua maioria evitáveis. Existe
uma tendência em “esquecer” as regras básicas de segurança, o uso de cinto de
segurança, condução segura sem ingestão de álcool, uso de capacete na condução
de motociclos, o respeito das regras de trânsito, o uso de cadeira auto para
crianças, são alguns exemplos por de trás de acidentes de viação em viagem por
não serem cumpridos nas férias.
A malária é a
doença tropical mais grave e perigosa com que os viajantes se podem defrontar,
as medidas de protecção de malária sejam por meio de repelentes, uso de rede
mosquiteira, a toma de profilaxia de forma correta, também torna a malária
evitável. Assim como a infecção por hepatite A, sendo vulgar e grave pode ser
facilmente evitável com a vacinação eficaz e segura.
Um episódio de
doença súbita no local mais recôndito, num país menos desenvolvido, com
cuidados de saúde centralizados, pode ser um acontecimento intenso e grave, que
seria facilmente tratável no país de proveniência. Saber onde procurar esses
cuidados de saúde, como estão distribuídos esse cuidados de saúde no local de
férias, ter os contactos da embaixada de residência, ter conhecimentos da
língua local pode ser uma mais-valia, parte destes dados podem ser facultados
na consulta de saúde do viajante ou com alguma pesquisa na internet em sites
relacionados com saúde em viagem, com estes:
Os cuidados de
saúde que estão disponíveis nos locais de destino, podem ser suficientes e
razoáveis para a população local, porém numa situação de emergência/urgência
podem mostrar-se escassos e ineficazes ao viajante.
A escolha do
seguro de viagem, além de extrema importância para a gestão de situações de
doença/urgência, ajudam a que a ansiedade seja menor quanto a possíveis
despesas de tratamentos ou cuidados, ou repatriamento. Embora para o início dos
tratamentos possa ser necessário ter dinheiro em sua posse.
Um seguro de
viagem, com repatriamento, no caso de ser uma viagem internacional, pode fazer
toda a diferença quando o inesperado acontece, um acidente de viação, uma
alergia, uma cirurgia de urgência ou de um agravamento de uma condição cronica
já existente.
Escolha do
seguro deve ter em conta o destino, ou os destinos de viagem, havendo mais do
que um destino ou até mais do que um país, ou as diversas actividades a
realizar, caminhadas, escaladas, desportos aquáticos são alguns exemplos a ter
em conta ao ponderar um seguro, além da franquia, evacuação medica,
repatriamento e tipo de despesas incluídas, sem esquecer as doenças ou
condições de saúde de base de cada viajante.
Existem
diversas modalidades de seguro, pode ser um seguro anual, um seguro só relativo
a viagem de ida e volta, a escolha passa pela disponibilidade financeira e o
que cada viajante considera importante proteger.
Deixo a título
informativo uma lista de agências nacionais de seguros em viagem:
Quando o
destino de viagem passa pelo território europeu, o acesso aos cuidados de saúde,
pode estar facilitado, em todo o caso os cuidados de saúde a ter e a importância
da consulta de saúde do viajante não deve ser minimizado. O risco de infecções
por picada de mosquitos mantém-se ainda que sem a presença de malária, mas não
diminui o risco de acidentes ou alterações do padrão de saúde.
Aqui pode ser
útil o Cartão Europeu de Seguro de Doença, válido para os Estado-Membro da
União Europeia, Islândia, Listenstaina, Noruega e Suíça.
O Cartão Europeu
de Seguro de Doença permite a uma pessoa segurada ou abrangida por um regime de
protecção social obter junto dos prestadores de cuidados públicos a assistência
médica de que o seu estado de saúde necessitar durante a sua estada temporária
em qualquer dos Estados referidos.
É um cartão de
modelo único, comum a todo o espaço da União Europeia, Islândia, Listenstaina,
Noruega e Suíça, gratuito e concebido para simplificar a identificação do seu
titular e da instituição que financeiramente é responsável pelos custos dos
cuidados de saúde de que possa vir a necessitar.
O Cartão Europeu
de Seguro de Doença não constitui uma alternativa a um seguro de viagem, nem
abrange as situações em que a pessoa segurada se desloca a outro Estado com o
objectivo de receber tratamento médico.
Não cobre
cuidados de saúde prestados no sistema de saúde privado nem outras despesas,
como o custo do repatriamento ou indemnizações por bens perdidos ou roubados.
É um cartão
nominativo e individual, pelo que cada beneficiário titular e familiar, que se
desloque ao estrangeiro, deve possuir o seu.
Pode ser
requerido no site da Segurança Social Directa ou presencialmente nos balcões da
Segurança Social. Tem a validade de 3 anos.
Deixo o link
para mais informações de como obter mais informações sobre o Cartão Europeu de
Seguro de Doença.cartao-europeu-seguro-doenca
Viagem com
consciência, o bem mais precioso que leva consigo é a sua saúde, traga a de
volta e proteja-a como faz no seu dia-a-dia.
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Celine