A
saúde do viajante pretende promover a saúde e o respeito pelas populações,
culturas e ambiente das regiões que vão ser visitadas, além da prevenção de
doenças e alterações de saúde no viajante internacional e nas populações locais.
Daí
a importância de uma boa saúde do viajante, antes, durante e após viagem. A atualização
do Plano Nacional de Vacinação, além de cumprir toda a vacinação internacional
recomendada (e profilaxia se necessário) faz toda a diferença na saúde da população
que vos recebe e na vossa comunidade ao regressar. Simples ações que fazem toda
a diferença em relação a surtos e/ou pandemias.
Um
estilo de vida sustentável, ecológico, reciclável, sem glúten, sem produtos
refinados poderíamos estar aqui horas a dar opções deste género. Mas se práticas
alguma dessas vertentes, também o fazes quando vais de férias?
Falo
da minha experiência, tenho uma mania em relação a reciclagem e separação do
lixo, mesmo que ache que não faço o suficiente. Quando andei por Bali, onde não
existe consciência ambiental infelizmente, os turistas “entram nessa onda” não há
caixote fazemos o que vemos.
Não
existe reciclagem, nem assim tantos sítios onde deitar fora o lixo, a preocupação
com o lixo no mar é pouca ou nenhuma. Por ex, quando ia a praia, toda a orla da
beira-mar encontrava-se cheia de lixo, caso eu fizesse algum tipo de lixo, um
lenço, uma garrafa de água, um caroço de maçã, o caixote do lixo mais próximo era
sempre o do meu quarto de hotel… ir com uma expectativa de praia digna de
postal e encontrar lixo a boiar no mar, destrói alguns sonhos, mas pior destrói
os nossos paraísos de sonho que queremos visitar. Toda a interferência que
fazemos no ambiente, tem repercussões na nossa saúde e na dos que lá vivem.
Além
do óbvio, o efeito das viagens tem no meio ambiente, segundo um estudo da
Universidade de Sydney no ano passado revela que as emissões de carbono
associadas a viagens representa 8%, com todos os meios de transporte avião barco
comboio autocarros e facilidade/acessibilidade com que se viaja, contribuem
para que o turismo faça parte de ações poluentes.
Mas
calma, é possível ser-se um viajante sustentável, ecológico ou “verde”, ser um
viajante cujo impacto é não tao nocivo como parece. A escolha do meio de
transporte pode ser o primeiro passo, os veículos automóveis são mais poluentes
que o avião ou comboio (o menos poluente).
A
escolha do alojamento também pode ser feita de forma sustentável, tendo-se em atenção
aos padrões internacionais de melhores práticas, o impacto económico ambiental,
social e local, tendo em conta como procedem em relação a resíduos, água e
energia. O compromisso do alojamento em relação a comunidade local e ao emprego
justo dessa comunidade podem ser outros aspetos a ter em conta.
Existe
informação desta nestes sites:
https://www.rainforest-alliance.org/
No
caso das visitas a monumentos ou lugares, praias, rios, lagoas, o facto dessas
visitas serem consideradas “sem deixar vestígios”, ou seja sem produzir lixo
solido/resíduos sólidos, isso tem um impacto ambiental significativo na redução
de produção de lixo. Terem em conta a escolha de roteiros, visitas e percursos
a fazer, tendo em conta a preservação ambiental e vida selvagem (fauna e flora).
Na
alimentação, ao escolher alimentos locais/restaurantes locais, comprar
artesanato local acaba por criar também um efeito positivo.
A
ida a praia pode também influenciar o meio ambiente, não só pelo lixo, existe
estudos recentes que demonstram que o uso de alguns protetores solares são bastante
prejudiciais ao meio ambiente especialmente a vida marítima e aos bancos de
corais.
Os
governos de Havaí, México e a ilha-nação de Palau tomaram medidas face a estes
conhecimentos, baniram o uso de protetores solares com oxibenzona e
metoxicinamato de octilo, químicos nocivos. No entanto estas proibições
impostas acabam por contribuir para as alternativas não incluem substâncias
químicas nocivas, e até são mais seguras — para os humanos e para os corais, os protetores de base mineral, que recorrem a
substâncias como o dióxido de titânio e óxido de zinco, são mais seguros e
ecológicos que as alternativas à base de oxibenzona. Os protetores solares “sem
nanopartículas” são mais seguros porque não podem ser ingeridos pelos corais.
Deixo
também alguns sites de interesse sobre este assunto, uns publicam todos os anos
quais os protetor solares menos nocivos, outros conseguem dizer te se o teu protetor
solar é amigo do ambiente….
Aos
interessados deixo também mais informação diversa sobre este tema.
Vai viajar? Leve saúde!
Celine